O União Frederiquense começou
nesta quarta-feira, 6, oficialmente, os trabalhos para a Divisão de Acesso
2014. Em coletiva de imprensa no novo escritório do clube a direção do União
apresentou o novo técnico, Nestor Simionatto, e o novo gerente de futebol,
Serginho. Ambos concederam entrevistas a imprensa e falaram sobre a gestão dos
recursos e investimentos para a próxima temporada, seus perfis de trabalho e a
expectativa para a montagem do grupo para o próximo ano.
Foto: Fábio Pelinson |
O novo treinador, Nestor
Simionatto, já havia concedido uma entrevista ao Jornal O Alto Uruguai quando
seu nome foi anunciado pelo União Frederiquense, confira.
AU - Qual o seu perfil de trabalho?
Nestor Simionatto – É em cima de muita organização e
disciplina. De ter também bastante criatividade e conhecimento de mercado para
montar um grupo de jogadores, porque a gente sabe que os recursos sempre são
curtos, e me parece que nesse ano será mais curto que nos outros. Nós temos um
jargão que é de saber trabalhar ‘com a corda esticada,’ com a rédea curta,
sempre no limite. Nesses casos tem que saber como tirar o máximo e o melhor de
cada jogador. Eu trabalho no futebol há muito tempo, mais de 15 anos só como
treinador, então a gente adquiriu conhecimento nesse sentido.
Foto: Fábio Pelinson |
AU - Com que perfil de jogadores gosta de trabalhar?
Simionatto – Eu
trabalhei com jogadores que eu conheço e não quero trabalhar mais. Eu quero
trabalhar com jogadores que compram a ideia, que absorvem o clube, a
comunidade. Jogar futebol hoje não é só nascer com o dom de jogar, é um
contexto bem mais amplo, de disciplina, de comportamento, de interesse, de
postura, é bastante coisa. Uma coisa que é muito certa, é que se um clube
contratar 25 ou 26 jogadores, no mínimo em quatro ou cinco vai errar, e algumas
correções de rota precisam ser feitas no percurso, isso é absolutamente normal.
AU - Existe um segredo para conquistar o acesso?
Simionatto – O
campeonato tem algumas coisas que precisam ser levadas em conta. Joga-se a
Divisão de Acesso diferente do que se joga a Série A. Não é o mesmo jeito de
jogar, nem o mesmo perfil de jogador para essa competição. É um campeonato que
se joga no campo e no bastidor. Vou te dizer, com certeza, de que não há muito
interesse de imprensa, de Federação, para que o União suba, porque Frederico
está há 500 quilômetros de Porto Alegre. O São Luiz de Ijuí sofre com isso,
eles querem um campeonato metropolitano. Então, o União terá que ter muita
criatividade com orçamento limitado na montagem do grupo, trabalhar muito, e
jogar bastante no bastidor, aí você começa a ser um postulante ao acesso.
Fábio Pelinson/ Jornal O Alto Uruguai