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Apesar da derrota, torcedores que apoiaram o União em Passo Fundo voltaram confiantes no acesso |
Dormir na viagem só foi possível
na volta. Na ida, os 50 torcedores que lotaram um dos ônibus rumo Passo Fundo
fizeram muito barulho cantando as
músicas características do União Frederiquense e fazendo planos sobre a
partida. “Aqui nesse ônibus nós temos 50 pessoas, mais 13 numa van, que dá 63
torcedores. Mas eu sei de outras duas vans e mais o pessoal que vai de carro.
Teve uma procura muito grande por lugar para essa viagem”, explicou Tiago
Martins, um dos organizadores da viagem.
Teve gente que percorreu alguns
quilômetros a mais para se juntar ao grupo de torcedores. O engenheiro-mecânico
Nelson Martins é natural de Frederico Westphalen, mas mora em Canoas, e veio
especialmente para o jogo. “Eu programei a viagem para assistir esses dois
últimos jogos do quadrangular. Eu tenho saudade de Frederico e o União me
aproxima da cidade”, afirmou.
Foi o mesmo sentimento que trouxe
Renato Mattos da Silva para a viagem. Natural de Iraí, o técnico em informática
reside em Caibi (SC), mas acompanha de perto o União. “Esse ano eu assisti
todos os jogos do União em Frederico Westphalen. É a segunda vez que vou a
Passo Fundo para ver um jogo. Nas quartas-feiras, eu fecho a empresa para ver o
jogo do União. É uma forma de manter uma ligação com a região”, contou Mattos.
Por falar em número de jogos, não
dá para esquecer de Jonathan Pertile. “Esse ano eu assisti todos os jogos do
União, em Frederico Westphalen e fora de casa”, contou.
O
jogo
O Passo Fundo criava suas chances
logo no começo do jogo. E aos dois minutos, após cobrança de falta, Diego
Miranda estufou a rede frederiquense. No ônibus, que se aproximava do Estádio
Vermelhão da Serra, uns se entristeceram e outros soltaram xingamentos ao ar.
Jogo iniciado, torcida fora do estádio, 1 a 0 para o Passo Fundo. Realmente,
não havia o que comemorar.
Chegando ao estádio, corrida para
comprar o ingresso e ir para a arquibancada. Lá, reforçaram o exército
frederiquense, que já contava com um bom número de torcedores. Todos
enfrentavam o frio passo-fundense.
No campo, os jogadores do União
encaravam um adversário que ganhava o jogo e administrava o resultado, que
permaneceu assim até o intervalo. Até o intervalo. Mal a torcida havia se
acomodado para o 2° tempo, e aos 29 segundos, novamente Diego Miranda teve
vantagem sobre Gilberto e fez Passo Fundo 2 a 0.
Aí Rodrigo Bandeira passou a
equipe do 4-4-2 para o 3-5-2. O União trocou bons passes, mas não conseguiu
definir a maioria das jogadas. Na arquibancada, os frederiquenses dividiam a
atenção com o jogo e com a discussão de alguns torcedores com policiais da
Brigada Militar.
A
volta para casa
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Na ida, a torcida só pensava no duelo com o Passo Fundo. Na volta, a ansiedade para o jogo de domingo |
Fim de jogo, o União perdeu por 2
a 0, mas a torcida não se abalou e prevaleciam os gritos de “União, União,
União”, em pleno Vermelhão da Serra. Mais algumas discussões com a Brigada
Militar na saída do estádio, mas todos embarcam no ônibus, escapando do frio.
Na volta, reinava o silêncio de alguns e os planos esperançosos de outros para
a partida de domingo, em casa, frente ao Guarany de Camaquã.
Fotos: Rodolfo Sgorla da Silva/Jornal O Alto Uruguai
Crédito: Fábio Pelinson/Jornal O Alto Uruguai